Com a proximidade das eleições de 2026, o debate entre direita e esquerda voltou a ecoar nos púlpitos e nos discursos de líderes religiosos em todo o país. A igreja evangélica brasileira, cada vez mais politicamente dividida, tem se tornado palco de discussões acaloradas entre conservadores e progressistas, bolsonaristas e lulistas.
Em entrevista ao podcast “Eu Acredito na Minha Geração”, o pastor e pregador Júnior Trovão foi questionado sobre sua opinião a respeito de cristãos que apoiam ideologias de esquerda. A resposta foi direta e sem meias-palavras:
“Esse não é crente, não. Não estou falando apenas do fato de ser do PT, do PSOL ou de qualquer partido. Estou falando do que ele defende. Por exemplo: eu oro pra Deus libertar um filho das drogas e depois voto em alguém que é a favor das drogas? Não há coerência.”
A declaração do pastor repercutiu amplamente nas redes sociais e entre líderes cristãos, gerando debates sobre fé, coerência e posicionamento político. Conhecido por sua pregação enérgica e discurso firme, Júnior Trovão reafirmou que o verdadeiro cristão deve alinhar suas escolhas políticas aos princípios bíblicos, rejeitando práticas que, segundo ele, vão contra os ensinamentos das Escrituras.
Para o pregador, não é possível conciliar a fé cristã com ideologias que defendem aborto, legalização das drogas ou pautas de gênero. Ele destacou que o cristão autêntico deve “votar conforme a Palavra de Deus”, e não de acordo com preferências ideológicas.
Júnior Trovão, considerado um dos pregadores mais influentes da atualidade, já tentou ingressar na política. Em 2022, disputou uma vaga de deputado federal pelo Rio de Janeiro, obtendo 53.250 votos, mas não se elegeu. Apesar da especulação, o pastor ainda não confirmou se pretende tentar novamente em 2026.
Sua fala reacende um tema recorrente no meio evangélico: até que ponto a política pode ser separada da fé — e se o voto do cristão deve refletir apenas a convicção cidadã, ou também a obediência espiritual.
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